Esse mini humaninho consegue ser a nossa vida todinha não é?
E ele veio cheio de personalidade, com emoções fortes como, alegria, tristeza, raiva, nojo, medo, desprezo e pode ser que às vezes nos espantamos de ver essas emoções essa pequena criaturinha.
É importante nós entendermos que eles são pequenos, mas são seres humanos, que têm dignidade, voz, opiniões e impressões do mundo.
Além disso, eles sentem todas as emoções que nós adultos sentimos. Mas apenas por motivos diferentes.
Alguns pensam que as crianças, só porque são crianças, não têm direito de ter sentimentos fortes, não têm direito a ficar triste, nem de sentir raiva, logo pensam: "Triste por que? Triste é ter contas para pagar" . Já ouviu alguém dizendo isso?
A verdade é que tendo direito ou não, eles como seres humanos, sentem sim tudo isso.
Se coloque no lugar dele
Pensar que como eles não têm "problemas reais como os nossos" não é saudável nem para nós nem para as crianças.
Ouvir isso com certeza não fez bem para muitos de nós que fomos condicionados a acreditar que nossos sentimentos não tinham importância nem espaço no "mundo dos adultos".
Quantos de nós temos dificuldade de expressar e até de entender nossos próprios sentimentos por ouvir o tal do “engole o choro” quando somos crianças? Muitas vezes sendo punidos por expressar nossa opinião?
Não queremos que nosso pequeno se sinta assim, não é?
Acredito que todos nós queremos que eles não tenham medo da dor emocional, queremos que eles tenham uma mente clara e capaz de tomar decisões.
Ensine pelo exemplo
Então antes de reagir à forte emoção do nosso filho, é bom nós pensarmos no que estamos ensinando à ele com essa reação.
Estamos ensinando que ele continuará sendo amado mesmo quando errar? Que podemos acolher a dor emocional dele para que ela passe?
Ou estamos ensinando a ele que o que ele sente é problema dele, que ele precisa aprender sozinho a lidar com eles e que eles não podem contar conosco quando se sentirem mal?
O carinho dos pais quando eles estiverem se sentindo frustrados é muito importante. Vai fazer eles não se sentirem sozinhos ao lidar com os sentimentos que são novos para eles.
É importante ensiná-los que os sentimentos fazem parte de ser humano, que não precisamos ter medo de senti-los e nem de expressá-los da forma correta.
Mesmo quando a frustração vem dos próprios pais.
Quando o não provoca um turbilhão de emoções
Sim, muitas vezes eles se sentirão frustrados conosco, assim como nós com eles. Mas nos esforçaremos a quando isso acontecer, manter a calma e a comunicação aberta.
O que fazer quando eles fazem a famosa "birra"?
Sim eles sentem raiva e frustração e não sabendo lidar com isso eles talvez gritem, chorem e coloquem pra fora tudo o que estão sentindo, nem sempre da melhor forma.
Pensa bem, se você se frustrar com eles naquele momento e agir com violência, dando as famosas 'palmadas' estará ensinando alguma coisa de bom à eles?
Estará ensinando a eles a lidar com esse sentimento de frustração?
E se mandarmos eles engolirem o choro e botar de castigo? O que estaremos ensinando? Será que eles vão entender que terão de engolir os sentimentos e lidar com eles sozinhos?
Já tentou argumentar com alguém que está tão irritado que saiu de si?
Se sim, sabe que não adiantou nada. Vocês iriam brigar, a discussão iria ficar cada vez pior e nada de bom sairia dali. Ao invés disso, você talvez espere o adulto se acalmar para conversar em uma hora mais oportuna.
Com a criança é a mesma coisa. Como estamos dizendo nesse post, ele é uma pessoa.
Mas a diferença é que o adulto talvez a gente espere ele se acalmar, no caso da criança, teremos de ensiná-la a fazer isso.
Passo 1: Acalmar
Alguns pais gostam de mostrar para a criança que entendem seus sentimentos, com carinho, falam que está tudo bem ele se sentir assim, que é normal.
Algumas crianças nessa hora precisam de espaço, outros precisam de um colo para se sentirem seguras e se acalmarem. Pode ser benéfico perguntar para eles o que eles preferem.
Tenham em mente que um ataque de raiva dura no máximo 10 minutos. Se você conseguir acalentar a criança, talvez dure menos. Mas às vezes a frustração está tão grande que eles nem conseguem conversar, nem te ouvir.
Por isso não há uma receita de bolo de como conseguir acalmá-las e cada pai e mãe terá de descobrir como ajudar seu filho a se acalmar. Mas sempre respeitem os sentimentos e o tempo deles.
Em seguida, quando se acalmam e aquela fúria passou, chegou a hora de conversar com eles para ensinar eles a racionalizar e entender tudo o que aconteceu e ensinar eles que algumas coisas eles não podem controlar, mas outras sim.
Passo 2: Ensinar
Agora é a hora de sentar, conversar e entender o que provocou essa 'birra'. Foi algo que você disse não, foi algo que outra criança ou adulto fez?
Quais as regras envolvidas nesse episódio?
Conversem sobre o que aconteceu e incentive seu filho a falar para você como se sentiu e o porquê. Assim, você vai entender um pouco mais sobre o que se passa na cabeça dele.
Use um tom de voz calmo, diga para ele as regras envolvidas na situação e veja se ele consegue entender o que está envolvido ali a ponto de repetir quais regras estavam em jogo.
Exemplo: "Eu posso sentir raiva, mas não posso gritar com as pessoas."
Explique o porquê do não e se possível, dê opções do que eles podem fazer, alguma alternativa que os deixem felizes.
Exemplo: "Você não pode brincar agora, pois é a hora da lição, mas você pode brincar mais tarde.
Sempre deixe claro que tudo bem ele se sentir com raiva ou frustrado. Mas que ele tem controle de como reage à essa frustração. Ensine ele a reagir sem agredir ninguém.
Passo 3: Dê um pouco de controle à ele
Quando algo de ruim acontece na nossa vida e perdemos o controle, nos concentrar em coisas que podemos controlar, pode nos ajudar a lidar com a nossa ansidade.
Com eles é a mesma coisa.
Sentir que você não tem nenhum controle de nada, nenhuma escolha, pode parecer uma prisão. Mesmo não sendo. E vai incentivar ele a querer controlar coisas que ele não pode.
Então, que tal dar dignidade e poder de escolha para ele?
Se o que o filho quer é brincar na hora da aula, alguns pais dão 2 opções de horários alternativos em que ele pode brincar, e daí, deixam que o filho escolha.
Se o que ele quer é um doce na hora errada, eles dão opções para qual hora ele irá comer o tal doce. Ou duas opções de doce para ele escolher 1.
Assim, esses pais ajudam os filhos a sentirem que tem dignidade, poder de escolha e aprendem que sempre há algo que eles podem controlar de forma saudável, dentro dos limites.
Isso os ajuda a crescer se sentindo confiantes e com uma autoestima equilibrada.
Passo 4: Ensine que as escolhas têm consequências
A vida é bem clara: Se você faz o bem, colhe o bem, se você faz o mal, colhe o mal.
Alguns pais fazem uma 'simulação da vida real' dentro de casa. Recompensando boas atitudes e aplicando consequências às más escolhas. Assim eles estarão preparados para a vida real mais tarde.
Lembre-se de que os filhos ainda estão aprendendo e só é sábio aplicar algum tipo de punição quando os filhos entendem bem o assunto e mesmo assim escolhem desobedecer.
Cada pai e cada mãe têm de decidir quando e como disciplinar seus filhos levando em conta a idade, a capacidade deles e a personalidade.
O que serve para alguns filhos não serve para outros filhos, o que serve para uma família, talvez não sirva para outra.
Mas cada filho tem que entender bem que a desobediência sempre traz consequências ruins e que a obediência vai ser recompensada.
Use de discernimento
Talvez, muitos de nós nem tenhamos aprendido a lidar com os nossos sentimentos ainda, mas está tudo bem. Ensinando eles nós podemos aprender muito também.
O amor que você sente mãe é o sentimento mais poderoso de todos, tenho certeza que ao amá-lo e demonstrar esse amor SEMPRE, você vai ensinar ele a amar a si mesmo.
Como sugestão de hoje, quero convidar você a consumir o conteúdo do IG @depoisquepariduas em que você poderá ver na prática como ensinar a criança a lidar com suas frustrações com amor e carinho, sem ser duro demais ou 'mole' demais.
Eu sou a Ciça, sou fotógrafa de famílias e tenho um estúdio na Vila Matilde.
Tenho um filho, o Pedro que é o amor da minha vida. Graças a Deus e a educação que eu e meu marido demos, ele é um menino confiante, que entende os limites, tem autoestima e conta com a nossa ajuda para lidar com as frustrações que aparecem no caminho dele.
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Têm ouvido muitos palpites sobre esse assunto? Como ser entendido pelos nossos pais e sogros que sempre têm uma opinião?
Confira esse post sobre como lidar com os palpites.